(1867-1959)
Stuart McNair (1867-1959)
Stuart Edmund McNair (1867-1959)
Stuart Edmund McNair, nasceu em 8 de março de 1867, em Brighton, Sussex, sul da Inglaterra, foi criado em Croydon. Filho de Lindsay William McNair e de Harriet Agnes Turrell. Os pais se casaram na igreja anglicana de St. Nicholas, Brighton em 23 de junho de 1864. McNair foi batizado quando criança na Igreja Anglicana de Hove, Sussex, no dia 20 de março de 1867.
Seus irmãos são: Lindsay John McNair, nascido em 1866, Mabel McNair, nascida em 1868, George McNair, nascido em 1870, Henry Stein McNair, nascido em 1873, Jane Harriet McNair, nascida em 1874, Charles Carpenter McNair, nascido em 1876, Charlotte Emily Wainwright McNair (Carlota), nascida 1878 e William McNair, nascido em 1880.
Não sabemos informações sobre sua conversão, porém em 1882, ainda com 14 anos, em Croydon, participou de um estudo bíblico ministrado pelo célebre teólogo John Nelson Darby, e ficou impressionado com sua espiritualidade e erudição.
McNair formou-se engenheiro civil, desenhista mecânico e teólogo.
Ainda jovem, McNair fora enviado à serviço para Dublin, Irlanda, com a tarefa de supervisionar um assentamento de uma instalação de bondes elétricos, e lá permaneceu por oito meses. Foi nesta ocasião que McNair conheceu o célebre escritor Charles Henry Mackintosh, cujos escritos eram então conhecidos por toda a parte onde se lê a língua inglesa. Este o convidou para habitualmente tomar chá em sua casa, o que McNair passou a fazer de quinze em quinze dias. McNair conta que certa vez foi visita-lo em sua casa e ao tocar a campainha o próprio Mackintosh atendeu, e dali mesmo da porta, contou a ele a impressão que Deus o chamava para o servir na América do Sul. Mackintosh então colocou as mãos sobre a cabeça do jovem McNair e orou rogando a divina bênção sobre o seu futuro serviço.
Em 1891, McNair respondeu a um anúncio para desenhista mecânico em Lisboa, e mudou-se para lá. Ficou hospedado por cinco anos na casa de Caterina Holden, viúva de Richard Holden (1828-1886, missionário escocês, um dos pioneiros do protestantismo no Brasil), com Ernest Holden, então com 11 anos de idade.
Em Lisboa ele associou-se ao irmão George Howes (1873-1945) no serviço do Evangelho. E o hinário, que Holden deixara na segunda edição, recebeu por parte de McNair e Howes uma atenção especial. Com muito esforço e entusiasmo veio a lume a 3a. Edição em 1898, doze anos após a partida de Holden para Cristo, edição essa consideravelmente aumentada e sensivelmente aperfeiçoada.
Sua estadia na casa de Caterina Holden pode muito ter influenciado sua vinda ao Brasil, visto que também recebia notícias dos irmãos que já se reuniam no Rio de Janeiro através de J. F. Barbosa, fruto do trabalho profícuo de Richard Holden.
Foi em maio de 1896, aos 29 anos, desembarcou no Rio de Janeiro, desejoso de ensinar a Palavra de Deus e pregar o santo Evangelho. Mantivera correspondência com o irmão J. F. Barbosa, um dos elementos mais destacados no grupo de crentes que, como fruto do trabalho profícuo de Richard Holden, reunia-se unicamente em Nome do Senhor, sem bandeira denominacional. O grupo reunia-se, então, na residência do irmão Daniel Faria. Foi recebido a bordo pelos irmãos Daniel Faria e João Brito.
Ficou hospedado na casa de Daniel Faria, na Ladeira do Barroso, Morro do Livramento, e mais tarde teve por companheiro, nesta mesma casa, o irmão George Howes.
Estes irmãos acompanharam-no na evangelização, começando pela então Capital Federal Rio de Janeiro, Paracambi, Mendes, Paty do Alferes e Petrópolis, onde Daniel Faria e João Quintino fixaram residência, dali levando o Evangelho por toda a estrada de ferro até São José do Vale do Rio Preto, onde foi convertida a família Tavares Belo, que mais tarde levaria o Evangelho à região de Carangola (Minas Gerais) e adjacências.
Semelhantes veículos de ensino foram por ele promovidos em Portões e Divisório (Muriaé), em Minas Gerais, e em Barreiro (Itaperuna), no estado do Rio de Janeiro. Ele viajou muitas léguas a cavalo, cortando os sertões, cruzando a extensa região denominada Zona da Mata, bem como o longo Vale do Rio Doce, beneficiando com seu ministério os estados de Minas e Espírito Santo. Por todas essas extensas áreas, construiu dezenas de casas de oração. Trabalhou também na Cidade de Recife em Pernambuco.
McNair fez 8 viagens à Argentina, numa delas, contribuiu para a impressão de outra edição do hinário “Canciones Espirituales”, aproveitando alguns hinos do “Hinos e Cânticos”. Visitou as Ilhas Malvinas e trabalhou também evangelizando em Pernambuco, Belém, Piracicaba e em 1905 volta a Portugal.
Neste período em Portugal, McNair chegou a alugar um apartamento em Aveiro e outro em Coimbra, onde optou por evangelizar universitários por três anos.
Em Coimbra teve por companheiros Evan Roberts e o Dr. Joaquim Leite Junior. McNair classificou o trabalho ali em Coimbra como não sendo muito próspero, segundo ele: “Havia muita sementeira do Evangelho em redor da cidade de Coimbra, mas pouco fruto. Creio que os obreiros residentes ali agora (1953) tem mais êxito”.
McNair permanece em Portugal no período de oito anos, onde também evangelizou em Barcelona e Val de Olivas, Espanha.
Após receber um convite do irmão Miguel Mattar do Maranhão, McNair volta ao Brasil diretamente para aquele Estado. Depois foi ao Rio de Janeiro até fixar residência em Conceição de Carangola em 1913, achando ali na ocasião, um grande número de famílias convertidas.
Nesta ocasião, McNair viajou largamente por toda a região da Zona da Mata, região limítrofe entre os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, tendo por companheiros, alternando em viagens, AlbertHenry Storrie, George Howes, William Anglin, William John Goldsmith.
No período entre 1918 a 1920, promoveu três escolas bíblicas em Conceição de Carangola, com a participação ativa do instruído Harold St. John. Lecionavam de forma a estimularem os alunos no ensino da Palavra, desenvolvendo seus dons sem que afastassem do seu meio de vida, que era a lavoura. Em seis meses, conseguiam ler todo o Evangelho de João no original grego. As Escolas Bíblicas foram bem sucedidas, os alunos geraram frutos para gerações futuras que permanecem até hoje.
Mais tarde McNair vende sua casa em Carangola para o irmão Albert Henry Storie. Mudou-se para Portões-MG, depois para Divisa-ES, Barreiro-RJ e Divisório-MG, sempre em companhia de sua irmã Carlota, promovendo Escolas Bíblicas e assistência social.
Em 1933, já impossibilitado fisicamente de fazer longas viagens a cavalo, fixou residência em Teresópolis, onde fundou a Casa Editora Evangélica. Dali serviu o Brasil com farta e proveitosa literatura, publicando os seus próprios escritos e também de outros autores. Foi redator do periódico Boletim Evangélico, fundado em 1927, o qual foi sucedido pela Biblioteca Evangélica. Escreveu os seguintes livros: Pequeno Dicionário Bíblico, A Bíblia Explicada, Cartas Ocasionais, Palestras com os Meninos, Amiguinhos (jornal infantil), A Vida Cristã, Consultório Espiritual e O Guia do Pregador, além de outros. E foi da Casa Editora Evangélica que saiu, em 1939, á primeira edição de HINOS E CÂNTICOS COM MÚSICA.
Um dia antes de sua morte, estando ainda à mesa, logo após o jantar, indagou à Carlota, sua irmã (médica), por que Jesus até o momento, não o tinha levado? Repreendeu-o duramente Carlota.
Na madrugada de 10 de janeiro de 1959, aos 92 anos, dos quais mais da metade dedicados à causa do Mestre, Stuart Edmund McNair dormiu no Senhor.
Contribuição musical
Entre os muitos hinos; que escreveu ou traduziu, 57 aparecem em Hinos e Cânticos. No Cantor Cristão (um dos hinários que ainda é muito utilizado nas igrejas batistas do Brasil) existem 28 traduções de hinos atribuídas a Stuart Edmund McNair. Para apreciação, para cada hino estamos disponibilizando um link que aponta para uma série de materiais para download (materiais disponibilizados pelo projeto Coletânea Cantor Cristão – http://sites.google.com/site/coletaneacantorcristao):
Compilação: André Souza
Referências Bibliográficas:
http://movimentodosirmaos.blogspot.com/p/stuart-edmund-mcnair.html
http://www.luteranos.com.br/textos/stuart-edmund-mcnair-1867-1959
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