Carlos René Egg (1912-1982)
Carlos René Egg (1912-1982)
“Uma vida para servir”
Ele marcou época na Igreja Presbiteriana Independente do Brasil. Seu lema era viver de acordo com o texto de Mateus 20.26-28: “Quem quiser tornar-se grande entre vós será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós, será vosso servo; tal como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”. Falamos sobre Carlos René Egg, nascido em 1912, em Curitiba (PR), e falecido aos 70 anos, em Sorocaba (SP).
Cristão voltado ao campo da assistência social e promoção humana, dirigiu vários empreendimentos assistenciais na comunidade evangélica: Betel – Lar da Igreja, em Sorocaba, para atender, educar e amparar crianças desvalidas. Simultaneamente reorganizou e administrou a Associação Evangélica de Catequese dos Índios, em Dourados (MT), reconhecida pelo Governo Federal, como a maior organização particular brasileira de assistência integral ao índio.
O contato com essa realidade e o ideal filantrópico de que sempre esteve imbuído, levaram-no a visitar o território brasileiro em missão de estudos e observação, permitindo-lhe conhecer com mais propriedade as necessidades do povo e a planejar com mais segurança os serviços e atividades que abraçou. Foi eleito deputado estadual em São Paulo e, por sua atuação como parlamentar, foi nomeado pelo Governo Abreu Sodré para o cargo de Diretor do Serviço Social, órgão que registrava e orientava todo o serviço de promoção humana do Estado e entidades particulares, serviço que, reorganizado, permitiu ao governo criar a Secretaria da Promoção Social, da qual Carlos René Egg foi titular, até o final do governo Abreu Sodré, em 1971.
Residindo em Curitiba, de 1971 a 1977, foi diretor-secretário da Sociedade Evangélica Beneficente de Curitiba.
Em 1978 transfere-se para Sorocaba, a fim de dedicar-se novamente à entidade que sempre foi a “menina de seus olhos”, o Lar Betel.
Vale ressaltar que foi também cantor evangélico, na década de 50, gravando 16 discos difundidos em suas muitas viagens pelo Brasil, em função do incessante trabalho evangelístico que sempre gostou de praticar.
Nessas muitas atividades, ele visitou igrejas de todas as denominações, instituições filantrópicas, escolas e, principalmente, dedicou-se a orientar as forças leigas da igreja. Por isso sua lembrança é de real importância, como símbolo do trabalhador leigo que merece a nossa homenagem.
Foi casado em primeiras núpcias com Ana Amaral Egg, de cuja união nasceram duas filhas, Rosy e Ieda; em segundas núpcias com Martha Faustini Egg, tendo desta união também duas filhas adotivas, Martinha e Léa. Três netos.
Ieda Egg
© 2015 de Ieda Egg – Usado com permissão
Foto enviada pela Colaboradora Ieda Egg