Salomão Ginsburg (1867-1927)

Síntese BiográficaHinografiaArtigos

Salomão Luiz Ginsburg (1867-1927)

“O pai do Cantor Cristão”

Salomão Luiz Ginsburg

Já pensou o leitor, o que seria o Cantor Cristão sem os seguintes hinos: “Amor Glorioso” (37), “Jesus me Transformou” (46), “O Poder do Sangue” (89), “Pão da Vida” (142), “Chuvas de Bênçãos” (168), “Avivamento” (171), “Tempo de Ser Santo” (176), “Ao Pé da Cruz” (289), “Tudo Entregarei” (295), “Deus Cuidará de Ti” (344), “Eu Sou de Jesus” (401), “Brasil” (444), “Eia, ao Combate” (474) e “Lutar” (475).

Realmente, não seria mais o Cantor Cristão. E se, além destes hinos mencionados, tirássemos todos os outros hinos também da autoria de Salomão Ginsburg, o Cantor Cristão ficaria com menos 102 hinos, ou pouco menos do que uma quinta parte do hinário.

A maioria destes 102 hinos apresenta traduções de Salomão Ginsburg e não de letras de sua própria autoria, mas, nem por isto o seu feito é menos importante, pois traduzir é também “uma arte” e, parece, “uma” arte bem aprendida pelo “Judeu Errante do Brasil”.

Não é, porém pelo simples fato de nos ter dado 102 hinos para o nosso hinário que o chamamos de “O Pai do Cantor Cristão”. Salomão Ginsburg foi o principal responsável pela sua publicação em 1891. A primeira edição continha 16 hinos e o seu preço era de 40 réis. No mesmo ano saiu a segunda edição; dessa vez com 23 hinos.

Nascido perto de Suwalki, Polônia, em 6 de agosto de 1867, num lar rigorosamente judaico (seu pai era rabino), parecia muito improvável que um dia Salomão Ginsburg se tornasse um dos fundadores do trabalho Batista no Brasil.

Aos 6 anos de idade, foi enviado à Alemanha (Koenigsberg) para estudar, pois era muito mais fácil para um judeu receber educação lá, do que na Polônia, naquele tempo. O plano era para Salomão voltar à Polônia quando completasse 14 anos. Seus pais, conforme a tradição judaica, já haviam escolhido a sua futura esposa; uma menina de 12 anos, filha dum rico judeu. Ele voltou, mas, já acostumado com certas liberdades fora da ortodoxia, rebelou-se contra a ideia do “casamento pré-fabricado”. Assim, aos 15 anos, fugiu e voltou a Koenigsberg nunca mais tendo oportunidade de ver os seus pais. Sua mãe, apesar de ser uma judia devotada, exerceu uma grande influencia sobre o menino Salomão. Dela o “Judeu Errante” disse: “À minha mãe eu devo a minha vida e maior utilidade; se não fosse ela, eu teria sido condenado a viver a vida circunscrita dum judeu recluso”.

Em Koenigsberg, o jovem Salomão resolveu buscar uma nova vida nos Estados Unidos. Juntou dinheiro de alguns amigos, e parentes e começou a sua longa viagem. Mas as dificuldades foram além do que imaginara, e, ao chegar a Hamburgo, já havia gasto quase tudo o que possuía. Ali, conseguiu um emprego num navio a vela que conduzia cavalos para Londres.

Em Londres, Ginsburg conseguiu ficar hospedado na casa de um tio (irmão de sua mãe), que lhe deu um emprego como guarda-livros.

Certo dia, Ginsburg ouviu a pregação do evangelho pela primeira vez. Um judeu convertido pregou, usando como texto para a sua mensagem Isaías 53. Eis como Ginsburg descreve em suas próprias palavras a reação que sentiu a esta pregação. “O missionário me pediu para ler o Novo Testamento…oh! como chorei quando cheguei à leitura da cena da crucificação e li todas estas loucas palavras – O seu sangue seja sobre nós e sobre os nossos filhos! – Parecia-me haver tomado parte ativa no assassínio do Inocente; e compenetrei-me, pela primeira vez, da realidade da terrível história dos judeus…”

Sendo judeu, foi muito difícil aceitar o evangelho e também as inevitáveis consequências de sua decisão – a excomungação do judaísmo. Ginsburg ficou atormentado com a escolha. “Minha cabeça raciocinava,  mas meu coração temia ao prever o futuro”, disse ele.

Um dia, ele foi a “Wellclose Square Mission” e ouviu a pregação do Ver. João Wilkinson, baseada em Mateus 16:37. Naquela mesma noite, depois de muita luta comigo mesmo, Ginsburg aceitou Cristo como o seu Salvador. Um domingo, à tarde, ele voltou a “Wellclose Square Mission” e foi batizado por aspersão. Depois desta experiência, foi desprezado e expulso sumária e imediatamente da casa do tio. “Meu coração jovem encheu-se de alegria e gozo e não senti o frio daquela noite gélida de outubro. Meu corpo cansado não sentia as pedras da rua por onde andei toda a noite, esperando o amanhecer do primeiro dia de minha nova experiência”.

Depois de errar pelas ruas de Londres por alguns dias, Ginsburg encontrou o “Abrigo dos Judeus Convertidos”, e ali ficou hospedado por 3 anos. Nesta ocasião, começou a aprender a arte tipográfica que seria de tão grande valor para ele alguns anos mais tarde. Estudava e trabalhava ativamente na evangelização de judeus. Muitas vezes foi atacado por judeus enfurecidos ao ouvirem suas palavras de condenação à sua religião. Certa ocasião, pregando num bairro de judeus, em Londres, Ginsburg sofreu um atentado, e, quando a polícia chegou, encontrou o “Judeu Errante” agachado numa lata de lixo com o crânio quebrado. Fazendo referência a este acidente, mais tarde, Ginsburg declarou: “Oh! mas aqueles foram tempos e louvei ao meu Pai Celeste por me permitir sofrer por Ele!…”

Sentindo a chamada para missões, Ginsburg iniciou um período de estudos, preparando-se para ser missionário. Enquanto isso, ouviu sempre a palavra de vários missionários de vários países a respeito do Brasil, pois, quando menino, na Alemanha, havia lido muito a respeito deste grande país.

Num pequeno paquete (capacidade para 8 passageiros) deixou Londres rumando a Portugal. Chegou ao Porto no dia 2 de fevereiro de 1890 e ficou hospedado na residência do Sr. Fernandes Braga, consagrado crente brasileiro que estava passando alguns meses em Portugal, tentando recuperar a saúde. Durante pouco mais de 4 meses em Portugal, Ginsburg esforçou-se para estudar português. A sua meta era aprender um mínimo de cem palavras a cada dia.

O seu primeiro trabalho publicado em português foi um folheto intitulado “São Pedro Nunca Foi Papa”. Em pouco tempo, vendeu todos os 3.000 exemplares. Em seguida, publicou “A Religião de Trapos, Ossos e Farinha”. Estes dois folhetos causaram tanto protesto da parte do clero português, que ele foi “aconselhado” a sair do país. Assim o fez, chegando no Rio no dia 10 de junho de 1890. No mesmo navio veio também H. Maxwell Wright para participar de uma campanha evangelística. O Cantor Cristão hoje, contém 63 hinos cujas letras são originais ou traduções deste grande homem de Deus.

Aqui no Brasil, Ginsburg associou-se com a Igreja Evangélica Fluminense, igreja também do seu amigo, Sr. Fernandes Braga. O pastor naquela ocasião, era João M. G. Santos.

Algum tempo depois de sua chegada ao Brasil, Ginsburg mandou vir a sua namorada, uma jovem enfermeira inglesa, e se casaram. Lamentavelmente, 5 meses  após o casamento, ela veio  a falecer atingida pela febre amarela.

Ginsburg foi uma das primeiras pessoas a experimentar pregações ao ar livre, depois duma nova Constituição provisória elaborada pelo governo, a qual estava em estudo e garantiria a liberdade religiosa.

Infelizmente, o espaço não nos permite entrar em detalhes sobre os vários aspectos do trabalho de Ginsburg aqui no Brasil.

Era um homem dinâmico e corajoso. Várias vezes enfrentou grupos furiosos com a sua pregação. Mais de uma vez acabou nas mãos da polícia. Sempre usava estes incidentes para forçar a questão da liberdade religiosa. Quando, em Pernambuco, foi preso pela primeira vez no Brasil, ele disse: “Era justamente o que eu queria!”.

Por não concordar com algumas doutrinas da Igreja Congregacional, Ginsburg deixou aquela Igreja e, em novembro de 1891, foi batizado pelo pastor Z.C. Taylor, e no domingo seguinte foi consagrado pastor batista.

Em 1893, casou-se com uma missionária batista da Junta de Richmond. Desta União, nasceram 7 filhos (5 mulheres e 2 homens).

Trabalhou, naqueles tempos, em Pernambuco e, mais tarde, em Niterói e Campos. Em 1893, durante a Revolução, ficou 10 dias preso em São Fidelis, por ordem do Vice-Presidente do Estado. Sua prisão resultou do desagrado de um chefe político com a pregação do evangelho. Mais tarde, este mesmo chefe político acabou sendo preso por ter abusado de sua posição. Ao saber disto, Ginsburg fez a seguinte declaração surpreendente: “Creio que poucos dos meus leitores concordariam em que um missionário pensasse em vingança, mas eu penso e a pratico às vezes”. Era o homem Ginsburg, depois de tantas perseguições e ameaças para calar, reagindo “humanamente” a essas turbulências.

O seu trabalho na Denominação batista é outra história à parte. Instrumento para o início de quase todas as atividades da primeira Convenção Batista Brasileira (4, 5, 6 de abril de 1901), Ginsburg foi um batalhador.

Por 34 anos, a Convenção Batista Brasileira contava nas suas fileiras com um homem extraordinário, que deixou as suas marcas em quase todos os setores do trabalho denominacional. O Dr. Nogueira Paranaguá disse: “O Salomão é o Missionário Relâmpago”.

O Jornal Batista de 7 de abril de 1927 trouxe a chocante notícia onde, na primeira página honrada com o retrato do “Judeu Errante” (copiado dum retrato a crayon), lia-se o seguinte:

“Dormiu no Senhor, em sua residência em São Paulo, às 24 horas de 31 de Março de 1927”.

 Um ataque cardíaco fez o que muitos padres, muitos bandidos e chefes políticos não conseguiram: calou a voz do Judeu Errante.

 Terminando este artigo, queremos apenas citar algumas das palavras proferidas a seu respeito por alguns dos números seguintes do Jornal Batista daquele ano:

 T.R. Teixeira – “Ele era de todos os pregadores evangélicos o mais viajado, mais conhecido e o que mais perlustrou o território brasileiro…”

 Alfredo Mignac – “Herói que tomba…”

L. Fernandes Braga – “… um grande batalhador, uma força que resistiu a todos os embates do mal…”

Samuel Scheidegger – “…ele logrou compreender a significação da palavra missionário…”

Lessa – “… grande príncipe dos pregadores, o esposo exemplar, o pai amantíssimo, o amigo dedicado, o missionário ínclito”.

Benedicto Propheta – “Soldado heroico e incansável”.

C.C. Duclere – “…jornalista emérito…polemista exemplar admirável…missionário cristão completo…estrangeiro que conhecia e falava a língua brasileira com singular correção, e amigo como poucos”.

Carlos Pereira de Magalhães – “Campeão da verdade, figura homérica, um super-homem..”

Tecê Bagby – “…nunca um homem evangélico no Brasil teve a sua morte tão lamentada e comentada como Ginsburg…”

Antônio Ernesto da Silva – “O nosso país deve ao Dr. Ginsburg uma dívida que jamais pagará.”

Ginsburg foi um incansável lutador pela educação ministerial, tendo afirmado, certa vez: “Irmãos, se o Brasil há de ser convertido, será conseguido pelos brasileiros”.

Com uma outra declaração sua terminaremos este artigo sobre “O Pai do Cantor Cristão”: “Se há alguma coisa que os brasileiro apreciam, é a música.”

Ginsburg reconheceu o poder da música. Apesar do fato de ter sido um dos baluartes do trabalho batista, dando contribuições significativas a quase todos os setores do trabalho denominacional, creio que sua contribuição que mais tempo permanecerá, é a publicação do “Cantor Cristão”. Disse bem o saudoso pastor Manoel Avelino de Souza, quando declarou: “ASSIM O POETA SACRO NÃO MORRERÁ JAMAIS; vive para sempre a animar e inspirar o povo de Deus”.

Bill H. Ichter

© 1966 de Bill H. Ichter – Usado com permissão

“Publicado originalmente em: “O Jornal Batista”, Ed. 52 , Dezembro 1966, pág. 5 – “Coluna Canto Musical”

Hinos de Salomão Luiz Ginsburg no Salmos e Hinos

1. “À porta chamo-te, alma triste”.

CC-232 – “À porta clamo” (OJB, 09 mai 1907).

SH-279 – (“Behold Me Standing at the Door”) – “Cristo à porta”.

2. “Cristo em breve do Céu virá”.

CC-111 (1895) – “Não tardará”.

SH-126 (“Jesus Is Coming”) – “Não tardará”.

3. “Chuvas de bênçãos”.

CC-168 (1890) – “Chuvas de bênçãos”.

SH-510 (“Showers of Blessing”) – “Chuvas de bênçãos”.
4. “Com Cristo unido pela morte”.

CC-354 – “Unido com Cristo” (OJB, 11 nov 1909).

SH-368 (“Moment By Moment”) – “Unido com Cristo”.
5. “Confiando no Senhor, avançai”.

CC-446 (1891) – “Avançai”.

SH-437 (“Onward Go!”) – “Confiantes, avançai!”.
6. “Eis mensagem do Senhor”.

CC-198 (1891) – “Aleluia”.

SH-287 (“Look and Live!”) – “Mensagem do Senhor”.
7. “Em Jesus confiar”.

CC-301 – “Crer e observar” (OJB, 28 ago 1913).

SH-439 – (“Trust and Obey”) – “Crer e observar”.
8. “Oh, corações, considerai”.

CC-233 (1891) – “Por que não já?”.

SH-280 (“Why Not To-Night?”) – “Por que não já?”

9. “Oh, onde os obreiros?”.

CC-434 – “Onde os obreiros” (OJB, 05 maio 1910).

SH-457 – “Where Are the Reapers?” – “Onde os obreiros”.
“Harversters” – “Onde os obreiros?”.
10. “Tempo para ser santo”.

CC-176 (1910) – “Tempo de ser santo”.

SH-354 (“Holiness”) – “Tempo de ser santo”.
11. “Tudo, ó Cristo, a Ti entrego”.

CC-295 – “Tudo entregarei” – (OJB, 30 nov 1904).

SH-335 – (“I Surrender All”) – “Tudo entregarei”.
12. “Vinde a Mim”.

CC-218 (1891) – “Vinde a Mim”.

SH-278 (“Come Unto Me”) – “O convite de Jesus”

Brasília, DF, em 13 de janeiro de 2008.

Rolando de Nassau

© 2008 de Rolando de Nassau –  Usado com permissão

O que fazem os Ginsburg?

Muito tem sido escrito a respeito do “judeu errante”.  As atividades de Salomão Ginsburg no trabalho batista brasileiro são legendárias.  Até em quadrinhos já saiu a história deste grande homem que conhecemos como “O Pai do Cantor Cristão”.  Na América do Norte a história inspiradora da vida dele já faz parte do curso de estudos da Convenção Batista do Sul.

Mas, pouco se ouve da família dele.  Da família BAGBY, também pioneira no trabalho Batista brasileiro, sabemos muito, pois tivemos o prazer de ver outros membros da mesma família voltarem ao Brasil e continuarem a monumental obra começada por William Buck Bagby.  Mas a família Ginsburg…. Onde estão os seus filhos, e, que é que eles fazem hoje?

Em primeiro lugar, devemos corrigir um pequeno erro que saiu no “Canto Musical” de 25 de dezembro de 1966 (No site Hinologia Cristã em 08/09/2015 no “Memorial”).  Naquele artigo, intitulado “O Pai do Cantor Cristão”, dissemos que a família Ginsburg tinha sete filhos (5 mulheres e 2 homens).  O fato é que nasceram 8 filhos, mas uma menina morreu de coqueluche quando tinha somente 3 anos de idade.  Ela nasceu no Brasil quando duas de suas irmãs estavam na América do Norte e morreu nos Estados Unidos quando o pai estava no Brasil, circunstâncias decorrentes do fato de que os 8 filhos e os pais nunca estavam todos juntos na mesma ocasião.

A filha mais velha chama-se ARVILLA.  Nascida no Brasil, ela voltou aos Estados Unidos para parte de seus estudos.  Sentiu, na sua juventude, a chamada de Deus para voltar a sua pátria como missionária da Junta de Richmond, mas Deus tinha outros planos.  Ela não passou no exame médico e, depois de vencer seu natural desapontamento, foi dirigir o programa de educação religiosa numa igreja em Richmond, Virgínia.  Deste trabalho, ela foi convidada para ser Secretária Executiva da União Feminina para o Estado de Missouri.  Mais tarde, ela casou-se com o ilustre presidente do Bethel College, uma Universidade Batista no Estado de Kentucky.   Hoje, ela e seu marido, Dr. George K. Dasher, residem no Texas, gozando merecida aposentadoria.   Arvilla formou-se no Sterhens College, e mais tarde no Judson Baptist College, uma universidade batista em Alabama.

Arvilla tem três filhos.  O mais velho é hoje vice-presidente da “Clairol”, talvez a maior companhia que fabrica produtos para embelezamento de cabelos; a segunda, uma filha, é casada com um vice-presidente da “Motorola”, e o terceiro é especialista em eletrônica.   Quando Arvilla casou com o Dr. Dasher, ela se tornou madrasta de mais 5 filhos.

A segunda filha de Ginsburg chama-se Brazilia.  No meu último período de férias, tive o prazer de conhecê-la junto com seu ilustre marido.  Eles frequentam a Primeira Igreja Batista de Alexandria, Virgínia.  Senti, quando estava falando com ela, que estava tendo contato direto com parte da história dos batistas brasileiros.  Achei interessante o fato de ela ser chamada Brazília.  Ainda falava português e foi gostoso ouvi-la.  O seu marido, Roy H. Parker, pastoreava uma igreja batista quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial.  Depois de várias promoções e de ter alcançado o posto de major-General, a patente mais alta que poderia ser alcançada por um capelão, o General Parker foi nomeado comandante de todos os capelães.  É uma figura imponente, e que hoje está aposentado do Exército.  A sua saúde, de acordo com uma carta recebida recentemente, inspira cuidados.  O General tem uma sobrinha que é bolsista “Fulbright” que, junto com seu marido, estuda aqui no Brasil.  Brazilia e o General Parker têm uma bela filha casada que já lhes deu duas lindas netas.

A terceira filha do grande servo de Deus, CLAIRE, formou-se em Jornalismo na Universidade de Missouri.  Ela e seu marido já escreveram peças que mais tarde foram apresentadas em alguns palcos de Nova York.  Claire tem dois filhos: um trabalha com a Biblioteca do Congresso Nacional; o outro é advogado e faz parte de uma grande firma em Nova York.

O quarto filho de Ginsburg, Bob (Robert), que recebeu o seu nome em homenagem ao então Secretário Executivo da Junta de Missões Estrangeiras, Dr. Robert Willingham, também formou-se na Universidade de Missouri.  A respeito dele, a sua irmã Arvilla me disse: “Ele sentiu a chamada para pregar, mas não atendeu.” Bob também gostava de escrever, e trabalhava no “Kansas City Star”, um dos grandes jornais seculares dos EE.UU., quando morreu, vítima de um ataque cardíaco.  Bob teve dois casais de filhos, um dos rapazes é advogado e o outro tenente-coronel do Exército Americano.

A quinta filha do grande pioneiro, Estella, formou-se na “Mary Hardin Baylor”, uma universidade batista para moças, e depois resolveu estudar medicina na famosa Universidade de Columbia, que entre o seu rol de presidentes, conta com o nome de Dwigth David Eisenhower.  Estella queria voltar ao Brasil para aqui exercer a sua profissão, porém, quando soube que teria que formar-se numa universidade brasileira para conseguir licença para poder trabalhar no Brasil, ela resolveu ficar nos Estados Unidos onde, junto com seu marido, o Dr. L. M. Strayer, também médico, se dedicaram fielmente a sua profissão.  Em agosto do ano passado, Estella morreu.  Teve três filhos, um dos quais hoje é médico.

Henrietta foi outra filha de Ginsburg que se formou na “Mary Hardin Baylor”.  Casada com um artista, ela é talvez mais conhecida como a autora do mui célebre livro de grande circulação, (editado em inglês e português) “Onde Canta o Sabiá”.  Hoje ela mora no Estado de Califórnia.  Dos seus 3 filhos, um deles, sabemos, trabalha atualmente no Chile.

O outro filho de Ginsburg, LOUIS, depois de formar-se na Universidade de Missouri, escolheu o magistério para sua profissão.  Hoje ele faz parte do corpo docente da Universidade de Nova York, uma das maiores universidades do mundo.  Louis tem quatro filhos, mas não sabemos no presente o que eles fazem.

Como os leitores podem perceber, a família Ginsburg é uma família extraordinária.  Escrevemos estas linhas a seu respeito porque achamos que esta família é patrimônio nosso.

Bill H. Ichter

“Publicado originalmente em: “O Jornal Batista”, Ed. 37, Setembro de 1966, pág. 4 – “Coluna Canto Musical”
© 1969 de Bill H. Ichter – Usado com permissão

Ilustração: Lucas Nasto – © 2016 de hinologia.org

Você pode gostar...

1 Resultado

  1. 26/12/2022

    […] Henry Maxwell Wright. Essa é uma das versões que chegou ao Brasil, provavelmente traduzida porSalomão Luiz Ginsburg, que a publicou em 1891 na versão introdutória do Cantor Cristão, hinário oficial das Igrejas […]